A tireoide é uma das glândulas mais importantes e maiores do nosso corpo. Tem a função de produzir dois hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) que controlam a velocidade com que a maioria das células do organismo humano funcionam, ou seja controlam a velocidade do nosso metabolismo que é o uso ou armazenamento das nossas energias. Essa glândula é controlada por outra glândula chamada hipófise, localizada no cérebro. E é a hipófise que produz o hormônio estimulador da tireoide (TSH), que induz a tireoide a produzir o (T3) e (T4). Tem a forma de uma borboleta e está localizada na parte inferior do pescoço, logo abaixo da laringe (cordais vocais). O desequilíbrio do funcionamento dessa glândula recebe vários nomes conforme o problema:
Hipotireoidismo: esse distúrbio é causado pela insuficiência na produção de hormônios da tireoide que causa a lentidão no funcionamento da glândula levando o coração a bater mais devagar e ocorrendo mais frequentemente a prisão de ventre também. O tratamento indicado para esse problema se dá por medicamentos na forma de comprimidos, com a finalidade de reposição desses hormônios ausentes no corpo.
Hipertireoidismo: a doença tem como causa a grande produção de hormônios produzidos pela tireoide. Senão for tratado o hipertireoidismo pode levar a outros problemas de saúde. Sendo um deles, muito grave envolvendo o coração. Taquicardia e insuficiência cardíaca congestiva, incluindo até problemas nos ossos. É mais comum nas mulheres em diferentes idades.
Bócio: Muito conhecido como papo, esse problema é caracterizado no corpo humano pelo aumento do volume da tireoide ou inchaço dessa parte do corpo. O mais comum é causado pela ausência de iodo no organismo e pode ocorrer também pela presença de tumores na glândula.
Hashimoto: é a inflamação da glândula tireoide, tornando-se uma doença autoimune. Sendo causada por um erro do sistema imunológico, onde o próprio organismo produz anticorpos contra as células da tireoide. O tratamento ocorre com a reposição do hormônio conhecido como Levotiroxina, que parou de ser produzido pelo organismo.
Sintomas
O ritmo do metabolismo orgânico depende diretamente do funcionamento da tireoide, ocasionando muitas vezes a baixa no metabolismo, ou seja, ele se trona lento. Influenciando na velocidade que os alimentos são transformados em energia, diminuindo a queima calórica. fazendo aparecer os quilinhos extras que ninguém deseja ter.
Principais sintomas, fique atendo:
- O principal sintoma é o ganho de peso diretamente ligado ao hipotireoidismo, mas não é o principal problema;
- Dificuldade de concentração, diminuição do raciocínio e déficit de memória;
- Diminuição dos batimentos cardíacos (Bradicardia);
- Distúrbios do ciclo menstrual (podendo variar o sangramento e até causar a parada);
- Inchaço por causa do acúmulo de proteínas na pele e músculos;
- Em crianças pode ocorrer baixa estatura (compromete o crescimento);
- Indisposição;
- Sono excessivo;
- Depressão;
- Anemia;
- Apatia.
- Dentre outros (unhas frágeis, baixo libido, pele seca, prisão de ventre, mau humor, queda de cabelo, etc…)
Exames
Os exames que freqüentemente são pedidos para avaliar os distúrbios da glândula tireoide são:
- Dosagem de hormônios tireoidianos e (TSH): Normalmente são solicitados o (TSH) e o (T4) livre, que serão os hormônios que mais influenciarão nas decisões clínicas. Eles avaliam a função da glândula tireoide sendo que o TSH elevado indica hipotireoidismo e o TSH diminuído indica hipertireoidismo. Em algumas situações são solicitados o (T4) total, (T3) total e o (T3) livre.
- Dosagem de anticorpos tireoidianos: São solicitados para avaliar a presença de algumas doenças autoimunes da tireoide como a tireoidite de Hashimoto, a tireoidite subaguda e a Doença de Graves (hipertireoidismo). São eles o anticorpo anti peroxidase (Ac TPO), anticorpo anti-tireoglobulina (AC TG) e Anticorpo anti receptor de TSH (TRAB).
- Ultrasson de tireoide: É extremamente importante para avaliar a presença de nódulos tireoidianos, principalmente os não palpáveis. Informações como tamanho, localização dentro da glândula e características dos nódulos norteiam a decisões cirúrgicas assim como servem para o acompanhamento clínico dos mesmos. O Doppler associado ao ultrasson fornece informações sobre a vascularização dos nódulos , que podem aumentar as suspeitas de malignidade.
- Biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF): Exame fundamental para se tomar a decisão de se realizar a cirurgia de tireoide, pois é o mais sensível para detectar malignidade. O exame consiste em colher células dos nódulos tireoidianos através de uma punção com agulha orientada ou não por ultra-sonografia. Basicamente, os resultados podem ser benignos (bócio coloide, bócio adenomatoso, tireoidite crônica linfocitária, cisto coloide), malignos (carcinoma papilífero, carcinoma medular ou anaplásico) ou suspeitos (padrão folicular, padrão folicular com células oncocíticas ou Hürthle, padrão papilífero). Tanto os resultados malignos como os resultados suspeitos normalmente são indicativos de cirurgia por suspeita de ser um câncer de tireoide. Em muitas situações, somente a ressecção e posterior análise anátomo-patológica do nódulo é que vai determinar se o nódulo é de fato maligno ou não.
- Cintilografia de tireoide: É um exame menos solicitado hoje em dia. Ele avalia aspectos funcionais da glândula e costuma classificar os nódulos em quente, frios ou mornos. Antigamente os nódulos frios eram tidos como suspeitos de câncer. Esta classificação é pouco útil atualmente para avaliar malignidade já que a punção por agulha fina é um exame muito mais sensível e especifico.
- Raio X cervical: este exame serve para avaliar se a tireoide esta causando compressão e desvio das estruturas cervicais como a traqueia. Tireoides de tamanho aumentado podem comprimir a traqueia ou ter crescimento para o tórax (bócios mergulhantes).
- Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética: Não são solicitados de rotina. São úteis em bócios volumosos e mergulhantes, e para avaliar possíveis invasões de estruturas adjacentes em casos de câncer de tireoide avançados. Neste último, é preferido a ressonância nuclear a tomografia pelo fato da primeira não utilizar contraste iodado, o que pode retardar o tratamento com Iodo radioativo pós-operatório de cirurgia de câncer de tireoide.
Alimentação
Da mesma forma que uma boa alimentação ajuda a tratar doenças como colesterol alto, diabetes ou hipertensão, o mesmo ocorre com a tireoide. Mesmo utilizando os medicamentos receitados pelos médicos, a reeducação alimentar e a adoção de outros hábitos de vida saudáveis contribuem de forma significativa. Conheça algum dos alimentos que poderá incluir no cardápio.
1. Hipotireoidismo
Os minerais são fundamentais no funcionamento da tireoide, por exemplo: iodo, selênio, zinco, cobre, manganês, e ferro. E no roll das vitaminas as glândulas precisam de complexo B, C, D, A e E. Sem falar nos ácidos graxos como o ômega 3.
2. Hipertireoidismo
As pessoas que sofrem desse problema precisam ingerir de 15% a 20% mais calorias, mantendo assim a energia e o peso adequados. Os alimentos ricos em proteínas e nutrientes são sempre recomendados, pois mantem o tônus muscular que se desgastam com o metabolismo acelerado. Mas não se esqueça que deve ser alimentação saudável (legumes, frutas, verduras e cereais) A vitaminas C e E combatem os danos oxidantes causados pelo hipertireoidismo e o cálcio deve ser complementado por que a doença pode interferir na absorção do mesmo. Sendo necessário ter a vitamina D, magnésio e potássio para que o cálcio seja melhor absorvido.
Verdade ou Mito?
1. O autoexame é suficiente para saber se existe algum problema na tireoide?
Não. Ele pode ajudar a encontrar algumas alterações na região do pescoço, como nódulos e o bócio, porém a confirmação de algum problema na glândula só é possível através de exames clínicos, pedidos pelo médico.
Não. Ele pode ajudar a encontrar algumas alterações na região do pescoço, como nódulos e o bócio, porém a confirmação de algum problema na glândula só é possível através de exames clínicos, pedidos pelo médico.
2. As doenças causam dor no pescoço?
A maioria das disfunções não causam dor. Somente em alguns casos, como nódulos que crescem rápido ou câncer em estágios mais avançados, o paciente pode apresentar dor.
A maioria das disfunções não causam dor. Somente em alguns casos, como nódulos que crescem rápido ou câncer em estágios mais avançados, o paciente pode apresentar dor.
3. Mulheres com problemas na tireoide podem engravidar?
Sim, porém o distúrbio precisa ser tratado. Sem esse tratamento, as doenças podem levar à infertilidade, tanto nos homens como nas mulheres, além da redução da libido. E durante a gravidez, o acompanhamento médico e o tratamento adequado são importantes, pois há risco de parto prematuro, defeitos neurológicos no bebê e até aborto. O seu médico deve acompanhar todo o processo.
Sim, porém o distúrbio precisa ser tratado. Sem esse tratamento, as doenças podem levar à infertilidade, tanto nos homens como nas mulheres, além da redução da libido. E durante a gravidez, o acompanhamento médico e o tratamento adequado são importantes, pois há risco de parto prematuro, defeitos neurológicos no bebê e até aborto. O seu médico deve acompanhar todo o processo.
4. Animais de estimação também podem apresentar problema de tireoide?
Sim, e os sintomas são parecidos com os observados nos seres humanos. Nos animais que foram castrados possuem maior probabilidade de desenvolver o hipotireoidismo.
Sim, e os sintomas são parecidos com os observados nos seres humanos. Nos animais que foram castrados possuem maior probabilidade de desenvolver o hipotireoidismo.
5. É possível ter uma vida saudável após a retirada da tireoide?
Desde que o paciente siga um acompanhamento medicamentoso, a remoção da glândula não afeta a saúde. Os hormônios produzidos por ela podem ser substituídos por alguns remédios, sem que haja qualquer prejuízo para a saúde do indivíduo.
Desde que o paciente siga um acompanhamento medicamentoso, a remoção da glândula não afeta a saúde. Os hormônios produzidos por ela podem ser substituídos por alguns remédios, sem que haja qualquer prejuízo para a saúde do indivíduo.
6. Portadores de Síndrome de Down têm mais chances de ter problemas na tireoide?
Sim. Estudos mostram que as chances de desenvolver doenças autoimunes no sistema endócrino são 30% maiores nos portadores da síndrome.
Sim. Estudos mostram que as chances de desenvolver doenças autoimunes no sistema endócrino são 30% maiores nos portadores da síndrome.
Atenção!
Esse texto não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento.
Esse texto não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento.
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