domingo, 4 de dezembro de 2016

Conheça os 10 princípios do comer intuitivo

Comer com atenção plena é saber conhecer os sinais de fome e saciedade


As americanas Evelyn Tribole (convidada internacional do 2º simpósio de Nutrição Comportamental) e Elyse Resch falam sobre a importância de comer em resposta aos sinais de fome e saciedade, de se permitir comer qualquer alimento e de se alimentar principalmente por razões físicas. Autoras do livro Intuitive Eating, elas propõem 10 princípios para o que chamam de comer intuitivo.


1) Rejeite a mentalidade da dieta
Esqueça livros de dieta e artigos de revista que ofereçam a falsa esperança de perda de peso rápida, fácil e permanente.
2) Honre sua fome
Mantenha seu corpo alimentado com energia suficiente. Se deixar atingir o ponto máximo da fome, todas as tentativas de moderar e comer conscientemente podem se tornar ineficazes.
3) Faça as pazes com a comida
Se você disser que "não pode" ou que "não deve" comer determinado alimento, isso poderá intensificar os sentimentos de privação e gerar vontades incontroláveis. Esse tipo de comportamento costuma levar a compulsões alimentares.
4) Desafie o "policial da comida"
Diga "não" aos pensamentos que falam que você é "bom" quando come o mínimo de calorias ou "ruim" porque você comeu um pedaço de torta de chocolate. Espantar o "policial da comida" é um importante passo para se reconectar com o comer intuitivo.
5) Respeite sua saciedade
Escute quando os sinais do seu corpo disserem que você ainda não está satisfeito ou o contrário. Pare na metade da refeição e se pergunte qual é o sabor da comida e como anda o seu nível de saciedade.
6) Descubra um momento de satisfação
Quando você come o que realmente quer, em um ambiente convidativo, a satisfação promovida se tornará uma força poderosa na percepção da saciedade e do contentamento.
7) Honre seus sentimentos sem a comida
Encontre maneiras de alívio, estímulo, distração e resolva seus problemas sem usar a comida. Ansiedade, solidão, tédio e raiva são emoções que todos nós vivenciamos ao longo da vida. Cada uma delas tem seu próprio início e fim. A comida não consertará nenhum desses sentimentos.
8) Respeite seu corpo e aceite sua genética
Fica muito difícil rejeitar a mentalidade de dieta se você tem expectativas fantasiosas e é extremamente crítico com relação a sua forma corporal. Respeite-a e, então, você poderá se sentir melhor consigo mesmo.
9) Exercite-se
Seja ativo e sinta a diferença. Mude o foco para como você se sente movendo o seu corpo, em vez de quantas calorias você gasta fazendo o exercício. Se, quando você acorda, a sua única meta é perder peso, não haverá motivação suficiente para sair da cama.
10) Honre sua saúde
Usar os conhecimentos nutricionais de forma flexível permite que você faça escolhas alimentares que honrem sua saúde enquanto faz você se sentir bem. Ninguém precisa de uma dieta perfeita para ser saudável. Você não ficará repentinamente com alguma deficiência nutricional, ou ganhará peso em um único lanche, em uma única refeição, ou em um único dia.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/07/conheca-os-10-principios-do-comer-intuitivo-4799204.html 

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Por que precisamos fazer as pazes com a comida

Estratégia da nutrição comportamental busca, por meio de mudanças de comportamento, tornar menos conflituosa a relação com a comida e promover maior adesão a uma alimentação saudável


Se assumimos um casamento com a comida antes mesmo de nascer, em contrato de "até que a morte nos separe", não faz sentido que essa seja uma relação conflituosa, de neurose, fobia e angústia. Ao acreditar que é preciso retomar o prazer em comer e incentivar nutricionistas a adotarem técnicas mais eficientes que guiem as pessoas rumo à tomada de consciência sobre a relação que estabelecem com a alimentação, foi lançada no Brasil a estratégia Nutrição Comportamental.

Segundo a iniciativa, idealizada pelo Grupo Especializado em Nutrição, Transtornos Alimentares e Obesidade (Genta) e a Equilibrium (empresa com foco em comunicação em saúde e nutrição e qualidade de vida corporativa), ambos de São Paulo, existe um paradoxo de que, quanto mais tipos de dietas surgem, mais os índices de obesidade e sobrepeso crescem. Um dos motivos seria porque a capacidade de o paciente aderir a uma orientação alimentar tem sido prejudicada pela falta de atenção ao comportamento que ele tem em relação à comida.
Para Cynthia Antonaccio, nutricionista fundadora da Equilibrium, a alimentação diz muito sobre quem nós somos, o que vivemos e nossas experiências prévias:
— Por isso o nutricionista precisa de habilidades de comunicação para enxergar essa pessoa como um ser holístico, que tem medos, históricos, relacionamentos difíceis.
No mundo todo, 39% das pessoas com mais de 18 anos estão acima do peso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A nutricionista Marle Alvarenga, mestre e doutora em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP) e uma das coordenadoras do Genta, pensa que esse cenário não vai mudar enquanto as pessoas continuarem adotando dietas restritivas e de prescrição do tipo "faça isso", "não faça aquilo".
O conceito não é exatamente novo. Com larga experiência no tratamento de transtornos alimentares, em que o pode ou não pode é ineficaz na conduta, Marle e Cynthia perceberam que algumas estratégias poderiam ser usadas com outros pacientes e, dessa forma, aumentar a adesão deles a um comportamento saudável mais duradouro.
— O nome (nutrição comportamental) não é exatamente uma criação nossa, mas não aparecia no Brasil dessa forma. Então, algumas pessoas vão se identificar com as técnicas. O que ocorre é que a gente resolveu trabalhar com isso de uma forma mais sistematizada — afirma Marle.
Por isso, o movimento já fez um simpósio no ano passado e se encaminha para o segundo, em 14 e 15 de agosto, em São Paulo, voltado para profissionais da nutrição. Um livro também será lançado até o mês que vem.
A vice-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Estado (CRN2), Carmem Kieling Franco, também concorda que trabalhar com escolhas junto ao paciente tende a aumentar muito a adesão.
— Nós, do CRN2, entendemos que isso é uma estratégia muito válida e que, via de regra, tende a ser duradoura. Mas temos compreensão de que alguns públicos precisam de estratégias diferentes — pondera, em relação a pessoas que apresentam doenças que dependem de restrições, do "pode e não pode".
O prazer em comer
Imagine aquele pedaço de bolo na comemoração do trabalho, o brigadeiro que só a avó faz ou aquela iguaria típica encontrada na viagem de férias. O que a Nutrição Comportamental prega é que ninguém precisa sair correndo quando dá de cara com esse tipo de delícia. Nem sentir culpa por saboreá-las.
— Nos preocupa muito que a comida se tornou um problema para as pessoas. A gente vai ter de comer até o último dos nossos dias, é preciso que se tenha uma relação adequada com isso — diz Marle.

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Para Carmem, ninguém precisa chegar ao ponto de levar o próprio lanche para um evento, por exemplo:
— Na hora da festa, é pensar o que escolher, o quanto comer.
E isso tudo se trabalha a partir do comportamento, de tentar entender os sinais internos do corpo, o chamado comer intuitivo, um dos pilares da Nutrição Comportamental.
— Comer com atenção plena é saber conhecer os sinais internos de fome e saciedade. Dessa maneira as pessoas começam a pensar no alimento, além das calorias. A autopercepção também é permeada pela sensação do que lhes faz bem ou mal, o que meu corpo pede em um dia frio ou quente, a quantidade que ele precisa quando gastei mais ou menos energia — explica a nutricionista Fernanda Timerman, também coordenadora do Genta e idealizadora do movimento.
Classificação inadequada
Uma grande preocupação dessa linha trata das classificações e listas de alimentos saudáveis ou não, bons ou maus, proibidos ou liberados. Tudo tem de ser pensado individualmente, apostam as especialistas.
— Incomoda esse olhar de hoje para a comida em que as pessoas estão neuróticas, e existem profissionais que fazem essa classificação entre saudáveis e não saudáveis, entre pode e não pode. Existem publicações da Academia Americana de Nutrição dizendo, textualmente, que é errado classificar os alimentos em bons e ruins — ressalta a nutricionista Marle Alvarenga.
A nutricionista Desire Coelho, com experiência em nutrição esportiva, lembra que, nessa nova era fitness, todos querem emagrecer e tem aumentado os casos de transtornos alimentares. Desse modo, a abordagem comportamental permite entender as necessidades de cada pessoa e, se necessário, indicar algum suplemento ou dieta mais prescritiva, saber como orientá-la sem correr o risco de agravar um quadro de risco:
— Sabemos que são raros os atletas que precisam de suplementos ou uma dieta mais restritiva. O importante é saber como abordar cada tema, é um acompanhamento totalmente individualizado.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/07/por-que-precisamos-fazer-as-pazes-com-a-comida  
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Causas da obesidade infantil – Respeite a fome do seu filho!

A maioria dos programas de “combate” à obesidade infantil incentiva as crianças a “fechar a boca e malhar”, ou seja, é a responsabilidade da criança reduzir o que ela come e aumentar exercício físico com a ajuda dos adultos ao seu redor. Podemos ver que essa abordagem não tem funcionado, surge também como uma das causas da obesidade infantil, e existem razões para isso.

A criança é vítima do seu meio ambiente. Vamos falar de prevenção e não “combate”

Primeiro precisamos parar de falar de “combate” à obesidade infantil e falar de prevenção. A noção de “combate” pressupõe que a criança obesa de alguma maneira tem uma responsabilidade na situação na qual se encontra. Existe uma estigmatização da criança obesa como sendo preguiçosa e sem nenhuma força de vontade ou disciplina. Isso prejudica muito essas crianças que na realidade estão presas num corpo que se adaptou ao meio ambiente no qual vivem, sem saber o que fazer para mudar a situação. Isso pode até levar essas crianças a sofrer bullying.

Fechar a boca e malhar não funciona

É claro que um mínimo de exercício físico é saudável, mas fazer dieta restritiva (fechar a boca) desregula o cérebro, aumenta o apetite, a obsessão por comer e o comer emocional. Também reduz o metabolismo. O seu cérebro percebendo uma falta de comida, começa a “economizar”. Esses efeitos são ainda mais fortes em crianças que estão em desenvolvimento. Em vez de ajudar a criança com restrições, você estressa o cérebro dela, levando à tristeza, depressão ou mesmo comer escondido, uma das causas da obesidade infantil. O comer escondido não é uma escolha dela, dá muita vergonha e isso é o começo de uma vida de compulsão e relação estragada com a comida, algo difícil de reverter. Hoje sabemos que quase todo transtorno alimentar começa com uma dieta restritiva. Então, basicamente, fazendo dieta a criança entra no caminho de engordar e/ou de desenvolver um transtorno alimentar.
Estudos mostram que adolescentes que fazem dietas aumentam em duas ou três vezes o risco de se tornar obesas quando comparados a outros que não fizeram restrições. Até mais preocupante é o fato do que mostraram um risco de desenvolver um transtorno alimentar aumentado em cinco vezes em caso de dietas restritivas moderadas. Um estudo mostrou que dietas severas (diminuindo calorias ou pulando refeições) aumentam em 18 vezes o risco de desenvolver transtornos alimentares em adolescentes. Na população geral, 95% dos que fazem dieta voltam a engordar em um prazo de 2 anos, muitas vezes para um peso maior ainda. Dos 5% que não engordam, mais do que a metade (3%) têm um transtorno alimentar. Ou seja, é normal fracassar na dieta!

A obesidade infantil é evitável

Apenas alguns casos são geneticamente inevitáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara sobre isso: a obesidade é evitável, mas é difícil de tratar. Quando estudamos a genética da obesidade vemos que tem mais do que 500 fatores genéticos associados à obesidade. Todos nós temos um pouco de predisposição à obesidade! Quem puxa o gatilho é o seu meio ambiente, estilo de vida, e também o estresse psicológico, medicamentos, desregulamento de hormônios, falta de sono e muito mais. Não é só comer demais e ser preguiçoso!
Tentativas de tratamento com dietas, remédios e cirurgia, não têm dado resultados satisfatórios e têm muitos efeitos secundários. O corpo volta a engordar na maioria das vezes. Porque? Porque a obesidade é uma adaptação do corpo ao seu meio ambiente e quanto mais você agride o seu corpo, mas ele reage engordando!
Hoje está cada vez mais claro e comprovado que devemos enfatizar uma abordagem chamada “mindful eating” ou alimentação consciente. É uma forma compassiva e holística para conseguir-se uma alimentação saudável. Não somente foca nos alimentos que comemos, mas também como comemos e como nosso corpo se sente. Devemos respeitar a fome e prestar atenção à fome e saciedade, conexões emocionais com a comida e os relacionamentos envolvidos em comer. Essa alimentação consciente concentra-se em aspectos positivos e não negativos.

Causas da obesidade infantil – diga não às dietas em crianças

Devemos urgentemente parar de incentivar dietas, é uma questão de saúde pública! Há muitos anos que sou ativista contra dietas restritivas, especialmente em crianças. Fui até chamada na Câmara dos Deputados em outubro de 2013 para participar de um seminário sobre obesidade infantil e meu tema foi “O papel da alimentação no combate a obesidade infantil”. Me coloquei como defensora da criança que é muito mais vítima do que culpada dessa dificuldade do excesso de peso.
Ainda em 2013 fui convidada a fazer um TEDx sobre o assunto e chamei a palestra do “O peso das dietas”. Logo me deparei que não adianta falar sobre crianças se você não muda as crenças dos pais. Finalmente, aceitei uma proposta para escrever um livro “O peso das dietas” para alertar os adultos e desse jeito conseguir ajudar as crianças. Lancei o livro em 2014 e se tornou um best-seller!
Uma notícia sensacional do final de agosto de 2016 foi a decisão da Academia Americana de Pediatria (AAP) de lançar novas diretrizes recomendando a prevenção conjunta da obesidade e de transtornos alimentares em adolescentes. Eles estabelecem de maneira clara que a dieta restritiva é um fator de risco tanto para obesidade, quanto para transtornos alimentares. “O foco deve ser num estilo de vida saudável ao invés de peso” SIM!!
Copio aqui uma tradução das principais recomendações da AAP a pediatras, que são principalmente direcionadas aos pais como agentes de mudança. Pais são incentivados a ser modelos saudáveis, que fornecem acesso fácil a alimentos saudáveis, limitam a disponibilidade de bebidas doces (seja com açúcares naturais ou adoçantes artificias) e oferecem refeições “caseiras” para os filhos. Pais devem ativamente desencorajar dietas. O documento concluiu com diretrizes para a prevenção da obesidade e transtornos alimentares em adolescentes:
  1. Desencorajar dietas, pular refeições ou remédios. Incentivar uma alimentação saudável e atividade física que pode ser mantida no longo prazo. Procurar um estilo de vida e hábitos saudáveis em vez de focar no peso.
  2. Promover uma imagem corporal positiva nos adolescentes. Não encorajar insatisfação com o corpo ou usar essa insatisfação como uma razão para fazer dieta.
  3. Procurar ter mais refeições em família.
  4. Incentivar as famílias a não falar sobre o peso, mas a falar de alimentação saudável e de ser ativo para se manter saudável. Facilitar alimentação saudável e atividade física em casa.
  5. Informar-se sobre uma possível história de bullying e intimidação em adolescentes com sobrepeso e obesidade e abordar a questão em família.
Ninguém sabe melhor do que seu filho o que precisa comer. Ele é dono da sua fome. Não restrinja o seu filho! Respeite a fome do seu filho!
Fonte: https://www.sophiederam.com/br/blog/comportamento-alimentar/causas-obesidade-infantil/
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domingo, 20 de novembro de 2016

Chi Kung: O treinamento Ba Duan Jin

Baduanjin (八段锦) (ou "pa tuan chin") pode ser traduzido literalmente do chinês como "Oito peças de brocado", o nome designa sequências de oito exercícios de Qigong utilizadas pela medicina tradicional chinesa como forma de manter ou recuperar a saúdee como um treino básico por diversos estilos de artes marciais chinesas. Há uma sequência de movimentos para ser praticada de pé e outra para ser praticada sentado.
A referência às "Oito peças de brocado" por vezes é explicada como uma associação entre a beleza e perfeição dos tecidos de seda e tapeçarias com a riqueza e satisfação originadas na boa saúde. É uma das formas de Chi Kung mais utilizadas como exercício.
Prática do 3º movimento do BaduanjinSeparar Céu e Terra, durante o Dia Mundial do Tai Chi Chuan e do Chi Kung.

Histórico da prática do baduanjin


Há diversas histórias sobre sua origem, atribuindo sua criação à tradições do sul e do norte da China. A mais conhecida o vincula ao famoso General Yue Fei (岳飛), que teria desenvolvido estas séries de exercícios como forma de manter a saúde de seus comandados Assim esta prática teria sido criada no período da dinastia Song do Sul, entre 1127 e 1279 A.D.
Outros autores, como Catherine Despeux, atribuem sua criação a Zhong Li (Chung-li Ch'üan), da dinastia Tang (618-907).
O texto da dinastia Wei (魏) "灵剑子引导子午记" se refere a um exercício de ginástica que corresponde a um dos que constituem o Baduanjin, mas a antiga referência a este nome registrada ocorre no Yi Jian Zhi (夷坚志), um texto da época da dinastia Song.
No Dao Shu, Zhong Miao Pian (道枢•众妙篇) há diversas descrições sobre o método de alongamento destes exercícios. Este título se refere ao fato que a sequência do Baduanjin se divide em oito técnicas, e que cada uma delas corresponde a uma frase que descreve o movimento e seus efeitos.
Forma sentada do movimento Separar Céu e Terra, conforme manual de Chi Kung da Dinastia Qing.

Cada técnica deve ser repetida diversas vezes, geralmente se recomenda oito repetições de cada movimento. A respiração acompanha a movimentação de modo natural. A língua é suspensa em direção ao palato, sem esforço, durante a realização da sequência.
Historicamente, a prática é realizada tanto dentro da tradição taoísta quanto na budista shaolin.
Após a revolução comunista chinesa foi um dos primeiros conjuntos de exercícios tradicionais chineses a ser reabilitado na década de 1950, despojado dos conceitos taoístas, tornou-se muito popular em toda a China, sendo inclusive praticado por Mao Zedong e Zhou Enlai.
Uma variação do baduanjin com 12 movimentos, conhecida como "Exercícios para a Saúde dos 12 Órgãos Internos", integra as práticas de Tai Chi Pai Lin oferecidas à população pela Secretária Municipal de Saúde de São Paulo.
Atualmente estão sendo realizadas diversas pesquisas sobre os benefícios físicos e psicológicos que sua prática pode trazer para a saúde, como sua contribuição como prática complementar na prevenção da osteoporose e no tratamento da depressão em idosos com doenças crônicas.

Os oito movimentos do Baduanjin em pé

  1. 两手托天理三焦 - Liangshou tuo tian li sanjiao
    Sustentar o céu com as mãos para regular o Triplo aquecedor

  1. 左右开弓似射雕 - Zuoyou kai gong si she diao
    Estirar o arco e lançar a flecha para fortalecer os pulmões

  1. 调理脾胃须单举 - Tiaoli piwei xu dan ju
    Elevar um braço para recuperar o apetite ou Separar Céu e Terra

  1. 五劳七伤向后瞧 - Wulaoqishang xianghou qiao
    Olhar os calcanhares para evitar o enfraquecimento do organismo

  1. 摇头摆尾去心火 - Yao tou bai wei qu xinhuo
    Balançar a cabeça e o cóccix para acalmar o fogo do coração

  1. 两手攀足固肾腰 - Liangshou pan zu gu shen yao
    Segurar a ponta dos pés para fortalecer os rins

  1. 攒拳怒目增气力 - Zan quan numu zeng qili
    Estirar as mãos em punho com um olhar firme para fortalecer a força física

  1. 背后七颠百病消 - Beihou cidian baibing xiao
    Suspender os calcanhares sete vezes para se recuperar da doença

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Baduanjin

Aulas de Chi Kung / Qi Gong
Segundas/Quartas/Sextas - 9h às 10h / 18:30h às 19:30h
Venha fazer uma aula experimental (sem compromisso)
Informações: (11) 2967-0598 ou 3926-0599
Rua Dias da Silva, 1158 - Vila Maria - SP
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Chi Kung - O método Zhan Zhuang

Zhan Zhuang ou Chang Chuang (站椿) - pinyin: zhàn zhuāng - é um termo chinês que se refere a uma forma de meditação que é feita em pé, conservando-se o praticante num estado de aparente imobilidade. Pode também ser classificada como uma técnica de Chi Kung estática.



O termo pode ser traduzido literalmente por "em pé" como uma "Estaca". Assim, esta prática tornou-se mais conhecida no ocidente como "Postura da Árvore", "Abraçar a Árvore" ou "Chi Kung da Árvore".
Este método de treinamento é comum a diversas artes marciais chinesas, é especialmente enfatizado entre os estilos internos (neijia). Existem diversas posturas distintas para realizar este treinamento.
Em aparente imobilidade o praticante pode realizar exercícios respiratórios revigorantes e formas de meditação que auxiliem a desenvolver a força interior e o equilíbrio.

Objetivos da prática

O Mestre Cai Wen Yu destaca o Zhan Zhuang como base do treinamento da arte marcial (link para o artigo entre as "páginas externas"): "O Zhan Zhuang é uma postura aparentemente estática onde o indivíduo exercita tensão e relaxamento, treinando o espírito, a mente e o corpo."
Posturas estáticas são utilizadas por um lado para desenvolver a paciência, ampliar a capacidade de meditar, aumentar a força das pernas e a vitalidade do corpo como um todo.
Seu objetivo é desenvolver a energia vital (Qi ou Ch'i) do ser humano, proporcionando um nível elevado de harmonia entre corpo e mente.
Os praticantes de Zhan Zhuang alegam terem recebido a partir da realização frequente desta prática diversos benefícios para sua saúde.
Para um aprendizado correto e consistente é necessário estudá-lo com pessoas muito bem preparadas, que realmente compreendam os seus princípios e tenham praticado esta técnica por vários anos, usufruindo de seus benefícios.

Zhan Zhuang e I-Chuan

É um exercício básico da arte marcial chinesa I-Chuan. Foi desenvolvido ao nível máximo pelo criador desta arte, Mestre Wang Xiang Zhai, importante personalidade da arte marcial chinesa, grande mestre da família de estilos internos.
Ele compreendeu este método tão profundamente, indicando-o como a base essencial para a profunda compreensão da arte marcial chinesa.
Um dos introdutores deste método no Brasil foi o Mestre Wang Te Cheng, discípulo do Mestre Yao Zhong Xun, famoso expoente da escola de Boxe da Mente (Yiquan - I Chuan), e de Li Yong Zong e Yang De Mao, discípulos do Mestre Wang Xiang Zhai.
Mestres de I-Chuan, por estudarem tal método intensamente e tendo seu desenvolvimento ocorrido dentro desta escola estão entre os mais aptos a ensiná-lo.
Os resultados deste método superam em muito outros que se propõem a desenvolver rapidamente a energia vital, mas na prática não o fazem. Em três meses, se corretamente treinada esta meditação apresentará resultados notáveis a saúde e seus efeitos podem ser facilmente comprovados de forma científica.
(Obs: Não há nenhum relacionamento deste treinamento com o método chamado camisa de ferro de Shaolin, ou qualquer tipo de Yôga, apesar de também existirem posturas com este nome, não necessariamente possuem algo em comum, podendo na verdade ser bastante diferentes em essência.)

A Postura de Abraçar a Árvore no Tai Chi Pai Lin

Na prática do Tai Chi Pai Lin a Postura de Abraçar a Árvore é praticada como um treinamento autônomo e também como um dos movimentos iniciais da sequência de Tai Chi Chuan transmitida nesta linhagem.
Relaxamento, concentração e serenidade, são efeitos desta prática que levaram o Mestre Liu Pai Lin a destacá-la simultaneamente como uma das formas de Chi Kung mais importantes dentro de sua transmissão e como uma porta de entrada para a prática da meditação taoísta Tao Yin.
Este treinamento, quando realizado em seu nível mais elevado, proporcionando a integração de Céu e Terra através do ser humano, também recebe o nome de Postura do Universo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zhan_zhuang

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O que é Bullying?

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
Fonte: imagem pesquisa google

bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Fonte: Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm