domingo, 9 de abril de 2017

Quando a tireoide está com algum problema, causa diversos problemas de saúde.

A tireoide é uma das glândulas mais importantes e maiores do nosso corpo. Tem a função de produzir dois hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) que controlam a velocidade com que a maioria das células do organismo humano funcionam, ou seja controlam a velocidade do nosso metabolismo que é o uso ou armazenamento das nossas energias. Essa glândula é controlada por outra glândula chamada hipófise, localizada no cérebro. E é a hipófise que produz o hormônio estimulador da tireoide (TSH), que induz a tireoide a produzir o (T3) e (T4).  Tem a forma de uma borboleta e está localizada na parte inferior do pescoço, logo abaixo da laringe (cordais vocais). O desequilíbrio do funcionamento dessa glândula recebe vários nomes conforme o problema:

Hipotireoidismo: esse distúrbio é causado pela insuficiência na produção de hormônios da tireoide que causa a lentidão no funcionamento da glândula levando o coração a bater mais devagar e ocorrendo mais frequentemente a prisão de ventre também. O tratamento indicado para esse problema se dá por medicamentos na forma de comprimidos, com a finalidade de reposição desses hormônios ausentes no corpo.
Hipertireoidismo: a doença tem como causa a grande produção de hormônios produzidos pela tireoide. Senão for tratado o hipertireoidismo pode levar a outros problemas de saúde. Sendo um deles, muito grave envolvendo o coração. Taquicardia  e insuficiência cardíaca congestiva, incluindo até problemas nos ossos. É mais comum nas mulheres em diferentes idades.
Bócio: Muito conhecido como papo, esse problema é caracterizado no corpo humano pelo aumento do volume da tireoide ou inchaço dessa parte do corpo. O mais comum é causado pela ausência de iodo no organismo e pode ocorrer também pela presença de tumores na glândula.
Hashimoto: é a inflamação da glândula tireoide, tornando-se uma doença autoimune. Sendo causada por um erro do sistema imunológico, onde o próprio organismo produz anticorpos contra as células da tireoide. O tratamento ocorre com a reposição do hormônio conhecido como Levotiroxina, que parou de ser produzido pelo organismo.
tireoide-fisiologia

Sintomas

O ritmo do metabolismo orgânico depende diretamente do funcionamento da tireoide, ocasionando muitas vezes a baixa no metabolismo, ou seja, ele se trona lento. Influenciando na velocidade que os alimentos são transformados em energia, diminuindo a queima calórica. fazendo aparecer os quilinhos extras que ninguém deseja ter.
Principais sintomas, fique atendo:
  • O principal sintoma é o ganho de peso diretamente ligado ao hipotireoidismo, mas não é o principal problema;
  • Dificuldade de concentração, diminuição do raciocínio e déficit de memória;
  • Diminuição dos batimentos cardíacos (Bradicardia);
  • Distúrbios do ciclo menstrual (podendo variar o sangramento e até causar a parada);
  • Inchaço por causa do acúmulo de proteínas na pele e músculos;
  • Em crianças pode ocorrer baixa estatura (compromete o crescimento);
  • Indisposição;
  • Sono excessivo;
  • Depressão;
  • Anemia;
  • Apatia.
  • Dentre outros (unhas frágeis, baixo libido, pele seca, prisão de ventre, mau humor, queda de cabelo, etc…)

sobrepeso

Exames

Os exames que freqüentemente são pedidos para avaliar os distúrbios da glândula tireoide são:
  • Dosagem de hormônios tireoidianos e (TSH): Normalmente são solicitados o (TSH) e o (T4) livre, que serão os hormônios que mais influenciarão nas decisões clínicas. Eles avaliam a função da glândula tireoide sendo que o TSH elevado indica hipotireoidismo e o TSH diminuído indica hipertireoidismo. Em algumas situações são solicitados o (T4) total, (T3) total e o (T3) livre.
  • Dosagem de anticorpos tireoidianos: São solicitados para avaliar a presença de algumas doenças autoimunes da tireoide como a tireoidite de Hashimoto, a tireoidite subaguda e a Doença de Graves (hipertireoidismo). São eles o anticorpo anti peroxidase (Ac TPO), anticorpo anti-tireoglobulina (AC TG) e Anticorpo anti receptor de TSH (TRAB).
  • Ultrasson de tireoide: É extremamente importante para avaliar a presença de nódulos tireoidianos, principalmente os não palpáveis. Informações como tamanho, localização dentro da glândula e características dos nódulos norteiam a decisões cirúrgicas assim como servem para o acompanhamento clínico dos mesmos. O Doppler associado ao ultrasson fornece informações sobre a vascularização dos nódulos , que podem aumentar as suspeitas de malignidade.
  • Biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF): Exame fundamental para se tomar a decisão de se realizar a cirurgia de tireoide, pois é o mais sensível para detectar malignidade. O exame consiste em colher células dos nódulos tireoidianos através de uma punção com agulha orientada ou não por ultra-sonografia. Basicamente, os resultados podem ser benignos (bócio coloide, bócio adenomatoso, tireoidite crônica linfocitária, cisto coloide), malignos (carcinoma papilífero, carcinoma medular ou anaplásico) ou suspeitos (padrão folicular, padrão folicular com células oncocíticas ou Hürthle, padrão papilífero). Tanto os resultados malignos como os resultados suspeitos normalmente são indicativos de cirurgia por suspeita de ser um câncer de tireoide. Em muitas situações, somente a ressecção e posterior análise anátomo-patológica do nódulo é que vai determinar se o nódulo é de fato maligno ou não.
  • Cintilografia de tireoide: É um exame menos solicitado hoje em dia. Ele avalia aspectos funcionais da glândula e costuma classificar os nódulos em quente, frios ou mornos. Antigamente os nódulos frios eram tidos como suspeitos de câncer. Esta classificação é pouco útil atualmente para avaliar malignidade já que a punção por agulha fina é um exame muito mais sensível e especifico.
  • Raio X cervical: este exame serve para avaliar se a tireoide esta causando compressão e desvio das estruturas cervicais como a traqueia. Tireoides de tamanho aumentado podem comprimir a traqueia ou ter crescimento para o tórax (bócios mergulhantes).
  • Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética: Não são solicitados de rotina. São úteis em bócios volumosos e mergulhantes, e para avaliar possíveis invasões de estruturas adjacentes em casos de câncer de tireoide avançados. Neste último, é preferido a ressonância nuclear a tomografia pelo fato da primeira não utilizar contraste iodado, o que pode retardar o tratamento com Iodo radioativo pós-operatório de cirurgia de câncer de tireoide.
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Alimentação

Da mesma forma que uma boa alimentação ajuda a tratar doenças como colesterol alto, diabetes ou hipertensão, o mesmo ocorre com a tireoide. Mesmo utilizando os medicamentos receitados pelos médicos, a reeducação alimentar e a adoção de outros hábitos de vida saudáveis contribuem de forma significativa. Conheça algum dos alimentos que poderá incluir no cardápio.
1. Hipotireoidismo
Os minerais são fundamentais no funcionamento da tireoide, por exemplo: iodo, selênio, zinco, cobre, manganês, e ferro. E no roll das vitaminas as glândulas precisam de complexo B, C, D, A e E. Sem falar nos ácidos graxos como o ômega 3.
2. Hipertireoidismo
As pessoas que sofrem desse problema precisam ingerir de 15% a 20% mais calorias, mantendo assim a energia e o peso adequados. Os alimentos ricos em proteínas e nutrientes são sempre recomendados, pois mantem o tônus muscular que se desgastam com o metabolismo acelerado. Mas não se esqueça que deve ser alimentação saudável (legumes, frutas, verduras e cereais) A vitaminas C e E combatem os danos oxidantes causados pelo hipertireoidismo e o cálcio deve ser complementado por que a doença pode interferir na absorção do mesmo. Sendo necessário ter a vitamina D, magnésio e potássio para que o cálcio seja melhor absorvido.
duvidas
Verdade ou Mito?
1. O autoexame é suficiente para saber se existe algum problema na tireoide?
Não. Ele pode ajudar a encontrar algumas alterações na região do pescoço, como nódulos e o bócio, porém a confirmação de algum problema na glândula só é possível através de exames clínicos, pedidos pelo médico.
2. As doenças causam dor no pescoço?
A maioria das disfunções não causam dor. Somente em alguns casos, como nódulos que crescem rápido ou câncer em estágios mais avançados, o paciente pode apresentar dor.
3. Mulheres com problemas na tireoide podem engravidar?
Sim, porém o distúrbio precisa ser tratado. Sem esse tratamento, as doenças podem levar à infertilidade, tanto nos homens como nas mulheres, além da redução da libido. E durante a gravidez, o acompanhamento médico e o tratamento adequado são importantes, pois há risco de parto prematuro, defeitos neurológicos no bebê e até aborto. O seu médico deve acompanhar todo o processo.
4. Animais de estimação também podem apresentar problema de tireoide?
Sim, e os sintomas são parecidos com os observados nos seres humanos. Nos animais que foram castrados possuem maior probabilidade de desenvolver o hipotireoidismo.
5. É possível ter uma vida saudável após a retirada da tireoide?
Desde que o paciente siga um acompanhamento medicamentoso, a remoção da glândula não afeta a saúde. Os hormônios produzidos por ela podem ser substituídos por alguns remédios, sem que haja qualquer prejuízo para a saúde do indivíduo.
6. Portadores de Síndrome de Down têm mais chances de ter problemas na tireoide?
Sim. Estudos mostram que as chances de desenvolver doenças autoimunes no sistema endócrino são 30% maiores nos portadores da síndrome.
Atenção!
Esse texto não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento.
Fonte: http://www.mulheresid.com.br / por Sol Pinheiro

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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Ciclo e Debate: A Ditadura da Beleza

Neste encontro as participantes poderão entender e debater com a psicóloga Kelly Alessandra e a terapeuta holística Rosangela Ramos: 

Doenças causadas pela obsessão do corpo ideal: 

- O que é Vigorexia? Quais são as causas

- O que é Anorexia e Bulimia Nervosa? Quais as complicações

- O que é a Síndrome da distorção da imagem corporal? Primeiros sinais e sintomas

- O que é Ortorexia? Consequências

Desvendando a beleza:

- Padrões pré estabelecidos

- A beleza, viagem no tempo

- Distúrbios

Dúvidas e Debate entre as participantes

Público alvo: Somente Mulheres







Informações: (11)2967-0598 ou 3926-0599



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terça-feira, 4 de abril de 2017

Com depressão no topo da lista de causas de problemas de saúde, OMS lança a campanha “Vamos conversar”

30 de março de 2017 – A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015. A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, impedem muitas pessoas de acessarem o tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas.



As novas estimativas foram divulgadas pouco antes do Dia Mundial da Saúde, no dia 7 de abril, que tem como ponto alto a campanha anual da OMS, "Depressão: vamos conversar". O objetivo geral da campanha é que mais pessoas com depressão, em todo o mundo, busquem e obtenham ajuda.
Margaret Chan, Diretora-Geral da OMS, afirmou: "Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas abordagens à saúde mental e tratem-na com a urgência que merece".
Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015, ou seja, cerca de 5% da população. "A depressão afeta a todos nós. Não discrimina por idade, raça ou história pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima", disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne. No entanto, "mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar", acrescentou.
"O estigma contínuo associado ao transtorno mental foi a razão pela qual decidimos nomear a nossa campanha de “Depressão: vamos conversar", alegou Shekhar Saxena, Diretor do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.
Necessidade urgente de mais investimentos
O aumento de investimentos também é necessário. Em muitos países, não há ou há muito pouco apoio disponível para pessoas com transtornos de saúde mental. Mesmo em países de alta renda, quase 50% das pessoas com depressão não recebem tratamento. Em média, apenas 3% dos orçamentos de saúde de governo são investidos em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda a 5% em países de alta renda.
O investimento em saúde mental beneficia o desenvolvimento econômico. Cada dólar investido na ampliação do tratamento para depressão e ansiedade leva a um retorno de US$ 4 em uma melhor saúde e capacidade de trabalho. O tratamento envolve geralmente psicoterapia ou medicação antidepressiva, talvez uma combinação dos dois. Ambas as abordagens podem ser fornecidas por profissionais de saúde não especializados, seguindo um treinamento de curta duração e usando o Guia de Intervenção mhGAP da OMS. Mais de 90 países de todos os níveis de renda, incluindo 23 das Américas, introduziram ou ampliaram programas que fornecem tratamento para depressão e outros transtornos mentais usando esse Guia.
A falha na ação é onerosa. De acordo com um estudo conduzido pela OMS, que calculou os custos de tratamento e os resultados de saúde em 36 países de baixa, média e alta renda para 16 anos, de 2016 a 2030, baixos níveis de reconhecimento e acesso a cuidados para a depressão e outro transtorno mental comum, a ansiedade, resulta em uma perda econômica global de um trilhão de dólares americanos a cada ano. As perdas são incorridas pelas famílias, empregadores e governos. As famílias perdem financeiramente quando as pessoas não podem trabalhar. Os empregadores sofrem quando os funcionários se tornam menos produtivos e são incapazes de trabalhar. Os governos têm de pagar despesas mais elevadas de saúde e bem-estar.
Nas Américas, quase sete em cada 10 pessoas com depressão não recebem o tratamento de que necessitam. "Devemos agir agora para superar as lacunas que separam as pessoas com condições mentais dos serviços de saúde de que precisam", disse Dévora Kestel, chefe da unidade de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OPAS/OMS.
Riscos de saúde associados
A OMS identificou fortes ligações entre a depressão e outras doenças e transtornos não transmissíveis. A depressão aumenta o risco de transtornos de uso de substâncias e de doenças como diabetes e cardíacas. O oposto também é verdadeiro, o que significa que as pessoas com essas outras condições têm um maior risco de depressão.
A depressão também é um fator de risco importante para o suicídio, que acaba com centenas de milhares de vidas a cada ano.

Saxena afirma: "Uma melhor compreensão da depressão e como ela pode ser tratada, embora essencial, é apenas o começo. O que precisa ser seguido é a expansão sustentada dos serviços de saúde mental acessíveis a todos, até mesmo às populações mais remotas do mundo".
Mais sobre depressão
A depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades que as pessoas normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades diárias por 14 dias ou mais.
Além disso, as pessoas com depressão normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação; sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos de autolesão ou suicídio.
Fonte: http://www.paho.org
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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Depressão é tema de campanha da OMS para Dia Mundial da Saúde de 2017

Para o Dia Mundial da Saúde de 2017, lembrado em 7 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início a uma campanha sobre depressão, transtorno que pode afetar pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida.
Com o lema “Let’s talk” (“Vamos conversar”, em português), a iniciativa reforça que existem formas de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a graves consequências.
Suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens 
com idade entre 15 e 29 anos. Foto: EBC

Para o Dia Mundial da Saúde de 2017, lembrado em 7 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início a uma campanha sobre depressão, transtorno que pode afetar pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida.
Com o lema “Let’s talk” (“Vamos conversar”, em português), a iniciativa reforça que existem formas de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a graves consequências.
Conversar abertamente sobre depressão é o primeiro passo para entender melhor o assunto e reduzir o estigma associado a ele. Assim, cada vez mais pessoas poderão procurar ajuda.

Principais fatos

A depressão é um transtorno mental frequente. Globalmente, estima-se que 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno.
Depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma muito importante para a carga global de doenças. Mais mulheres são afetadas pela depressão que homens. Existem vários tratamentos eficazes para a doença.
A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma séria condição de saúde.
Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano — sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade dos afetados no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais.
Outra barreira ao atendimento eficaz é a avaliação imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de forma inadequada.
A carga da depressão e de outras condições de saúde mental está em ascensão no mundo. Uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde aprovada em maio de 2013 exigiu uma resposta abrangente e coordenada aos transtornos mentais em nível nacional.

Tipos e sintomas

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas provavelmente sem grande prejuízo no funcionamento global. Durante um episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.
Uma distinção fundamental também é feita entre depressão em pessoas que têm ou não um histórico de episódios de mania. Ambos os tipos de depressão podem ser crônicos (isto é, acontecem durante um período prolongado de tempo), com recaídas, especialmente se não forem tratados.
O transtorno depressivo recorrente envolve repetidos episódios depressivos. Durante esses períodos, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma diminuição das atividades em geral por pelo menos duas semanas.
Muitas pessoas com depressão também sofrem com sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite e podem ter sentimentos de culpa ou baixa autoestima e falta de concentração.
Já o transtorno afetivo bipolar consiste na alternância entre episódios de mania e depressivos, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono, além da aceleração do pensamento.
A depressão resulta de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si.
Há relação entre a depressão e a saúde física; por exemplo, doenças cardiovasculares podem levar à depressão e vice e versa.
Está demonstrado que os programas de prevenção reduzem a incidência da depressão. Entre as estratégias comunitárias eficazes para prevenir essa condição, estão os programas escolares que promovem um modelo de pensamento positivo entre crianças e adolescentes.
Intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados de seus filhos. Os programas de exercício para pessoas idosas também podem ser eficazes para prevenir a depressão.

Diagnóstico e tratamento

Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos.
Os provedores de saúde devem ter em mente a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do tratamento em questão) e preferências individuais.
Entre os diferentes tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados.
Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas esses medicamentos não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos, não devem ser usados para tratar depressão em crianças e tampouco são a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los com cautela.

Resposta da OMS

A depressão é uma das condições prioritárias cobertas pelo Mental Health Gap Action Programme (mhGAP) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O programa visa a ajudar os países a aumentar os serviços prestados às pessoas com transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias, por meio de cuidados providos por profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental.
A iniciativa defende que, com cuidados adequados, assistência psicossocial e medicação, dezenas de milhões de pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão, poderiam começar a levar uma vida normal — mesmo quando os recursos são escassos.
Fonte: NAÇÕES UNIDAS - click no link
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domingo, 26 de março de 2017

REIKI


Reiki (霊気) é uma prática enquadrada no vitalismo, criada em 1922 pelo monge budista japonês Mikao Usui. Tem por base a crença na existência da energia vital universal "Ki" (a versão japonesa do conceito chinês "Qi" (ou "Chi"), manipulável através da imposição de mãos. Através desta técnica, os praticantes acreditam ser possível canalizar a energia universal (i.e., reiki) em forma de Ki (japonês: ki) a fim de restabelecer um suposto equilíbrio natural, não só espiritual, mas também emocional e físico.
Existem dois ramos principais do Reiki, normalmente referidos como "Reiki tradicional japonês" e "Reiki Ocidental". Embora as diferenças entre os dois ramos e tradições possam ser amplas e variadas, a principal delas é que nas formas ocidentalizadas usam-se posições pré-definidas para a imposição das mãos, ao invés de depender de um senso intuitivo para a transmissão da energia Reiki, como é habitualmente feito em agências de Reiki japonesas. De uma forma geral ambos os ramos têm uma hierarquia de três níveis (ou graus), referidos como Primeiro, Segundo e Nível Mestre/Professor, os quais estão associados com diferentes habilidades e técnicas.
O conceito do Ki no qual se baseia o Reiki é especulativo, não existem quaisquer evidências científicas da sua existência. É uma prática de medicina alternativa que não é reconhecida pela comunidade científica. Existem poucos estudos de qualidade sobre o tema e os que existem não demonstram a eficácia do Reiki para quaisquer condições de saúde Alguns profissionais de cuidados médicos alertam para o risco dos pacientes poderem evitar ou atrasar tratamentos para doenças graves, clinicamente comprovados. Uma avaliação sistemática de 2008, baseada em ensaios clínicos com aleatoriedade, concluiu que a eficácia não foi demonstrada para qualquer condição de saúde. Um ensaio clínico de 2011, envolvendo 189 pessoas, não registou diferenças entre o grupo Reiki e o grupo de terapia placebo. A Sociedade de Cancro Americana e o Centro para a Medicina Complementar e Alternativa dos Estados Unidos também concluíram que não existe nenhuma evidência científica de que o Reiki seja efetivo como tratamento para quaisquer doenças.
Apesar dessa falta de comprovação científica de eficácia, o Reiki é disponibilizado em muitos hospitais e clínicas médicas.

Derivação do nome


Mikao Usui 臼井甕男 (1865–1926)

Chujiro Hayashi 林 忠次郎 (1880 - 1940)
A palavra reiki é um estrangeirismo do japonês reiki (霊気, que significa "atmosfera misteriosa"), que deriva do chinês língqì (靈氣, "influencia sobrenatural"), a primeira utilização de que há registo na língua inglesa data de 1975. Em vez da normal transliteração, alguns autores de língua inglesa pseudo-traduziram reiki como "energia vital universal".

Reiki escreve-se normalmente como 霊気 em shinjitai kanji ou como        レイキ no silabário katakana. É composto pelas palavras rei (: "espírito, milagroso, divino") e ki (; qi: "gás, energia vital, sopro de vida, consciência"). O ki (mais conhecido por qi ou ch'i chinês) no reiki é entendido pelo significado "energia espiritual; energia vital; força vital". Algumas traduções equivalentes dos dicionários de Japonês-Inglês são: "sensação de mistério" e "uma atmosfera etére (que prevalece nos recintos sagrados de um santuário); (sentido, sentimento) uma presença espiritual (divina)." Para além da pronunciação sino-japonesa habitual do reiki, os caracteres kanji 霊気 têm uma leitura japonesa alternativa, nomeadamente ryōge, significando "demónio; fantasma" (especificamente possessão espiritual)

Origens

O sistema do Reiki foi desenvolvido por Mikao Usui(臼井甕男) em 1922 enquanto praticava Isyu Guo, um treino budista de 21 dias organizado no Monte Kurama Não se sabe quais eram as actividades exigidas a Usui durante o treino, contudo envolviam muito provavelmente meditação, jejum, cânticos e orações. Alega-se que através de uma revelação mística, Usui ganhou conhecimento e poder espiritual que podia aplicar a outros e que ele apelidou de Reiki e que dizia entrar pelo seu corpo através do seu Chakra coroaEm abril de 1922, Usui mudou-se para Tokio onde fundou o Usui Reiki Ryōhō Gakkai ("" em old style characters, que significa "Sociedade do Método de Energia Espiritual Terapêutica de Usui") para assim continuar alegadamente a tratar pessoas com o Reiki.
De acordo com as inscrições no seu túmulo, Usui ensinou o seu sistema de Reiki a mais de 2000 pessoas durante a sua vida e dezesseis dos seus alunos continuaram o seu treino para chegar ao terceiro nível.
Enquanto ensinava Reiki em Fukuyama (福山市, Fukuyama-shi), Usui sofreu um enfarte e morreu a 9 de março de 1926.

O texto que contém os cinco conceitos de Mikao Usui 
(A escrita japonesa é lida de cima para baixo, da direita para a esquerda)
Português
A arte secreta de convidar a felicidade,
A remédio milagroso para todas as doenças.
Só por hoje:
Não se zangue,
Não se preocupe,
Seja grato,
Trabalhe com diligência,
Seja gentil para as pessoas.
Todas as manhãs e à noite, junte as mãos em meditação e ore com o seu coração.
Afirme na sua mente e cante com a boca.
Para a melhoria da mente e do corpo.
Usui Reiki Ryōhō.
O fundador,
Mikao Usui.

Ensinamentos


Meridianos.
Os ensinamentos do Reiki alegam que este é inesgotável e pode ser usado para produzir um efeito de cura. Os praticantes alegam que qualquer pessoa pode aceder a esta "energia" por intermédio de um processo de "sintonização" realizado por um mestre de Reiki. O Reiki é descrito pelos seus seguidores como uma terapia holística que traz não só cura espiritual, mas também física, mental e emocional. A crença é que a "energia" flui através das mãos do emissor para qualquer sítio que estas sejam colocadas.Para além desta noção acredita-se que esta "energia" é "inteligente", o que significa que o Reiki sabe para onde deve dirigir-se para a efectuar a cura, mesmo que as mãos não estejam colocadas no local exacto.

Formação

O ensino do Reiki fora do Japão está dividido normalmente em três níveis ou graus. O Reiki tradicional japonês foi ensinado intensamente sob a orientação de Usui, com reuniões semanais de meditação onde o Reiki era aplicado e usado para monitorizar o corpo para obter diagnósticos energéticos, esta prática é conhecida no Japão como Byosen-hō. O Reiki japonês é um tratamento intuitivo e focado, em comparação, por seu lado, o tratamento do Reiki Ocidental pretende tratar geralmente todo o corpo em vez de áreas específicas.

Método


Aplicação de Reiki.
A alegada cura através do método Usui Reiki Ryōhō, em vez medicamentos, usa o olhar, o sopro, o toque e batidas ligeiras. Segundo Frank Arjava Petter, Usui tocava nas partes doentes do corpo, massajava-as e dava-lhes batidas ligeiras, acariciava-as, soprava-lhes, fixava-lhes o olhar durante dois ou três minutos e fornecia-lhes "energia" e usava uma técnica de cura através da imposição das mãos. É através desta técnica que os utilizadores do Reiki acreditam que estão a transferir a energia universal (rei)ki, através das palmas da mão, e desta pensam estar a colocar em funcionamento um hipotético sistema auto-curativo.

Eficácia, ciência e a OMS

O Reiki não é reconhecido pela medicina e nem pela ciência. Os benefícios do Reiki nos cuidados de saúde não estão confirmados cientificamente. Estudos de 2008 e 2011, realizados para investigar seus efeitos em grandes números de pacientes e com grupos controle, concluíram que as evidências são insuficientes para sugerir que Reiki é eficiente para o tratamento de qualquer condição ou doença em humanos. Outros estudos mais antigos, envolvendo um número reduzido de pessoas, obtiveram resultados positivos no alivio de dor e redução da ansiedade. Alguns profissionais de cuidados médicos alertam publicamente para o risco dos pacientes evitarem ou atrasarem tratamentos para doenças graves, clinicamente comprovados, e que podem ter sua condição agravada por acreditarem no Reiki.
Em Abril de 2008 foi publicada uma carta de Edzard Ernst (primeiro professor de Medicina Alternativa no mundo) pedindo que a Fundação do Príncipe do País de Gales para a Saúde Integrada retirasse de circulação dois guias que promovem a "Medicina alternativa", inclusive Reiki. Um porta-voz da Fundação rebateu a carta, dizendo: "Discordamos totalmente da acusação de que a nossa publicação 'Complementary Healthcare: A Guide' contém alguma alegação enganosa ou imprecisa sobre os benefícios de terapias complementares, pelo contrário, ela trata as pessoas como adultos e leva uma abordagem responsável, incentivando as pessoas a olharem para fontes confiáveis ​​de informação(...) para que elas possam tomar decisões informadas."
Há uma divulgação errada em sites e blogs de que o Reiki é reconhecida como terapia alternativa complementar pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A OMS nunca reconheceu Reiki oficialmente, como relatado pelo próprio mestre de Reiki que divulgou o suposto reconhecimento.
Estudo placebo-controlado sobre o Reiki é complicado de ser realizado devido à dificuldade de se definir um placebo realista

Eficácia, investigação e controvérsias

Investigação científica

O mecanismo proposto para a energia do reiki é meramente hipotético, uma vez que nunca foi provada cientificamente a existência do "ki" ou da "energia vital" usadas neste método.
Uma revisão sistemática de ensaios clínicos aleatórios realizada em 2008 para avaliar os fundamentos das evidências do reiki concluiu que não tinha sido demonstrada qualquer eficácia sob qualquer condição.. De forma geral, a qualidade metodológica das evidências tinha sido má, uma vez que a maior parte dos estudos continha falhas como amostras muito pequenas, concepção inadequada e relatórios de fraca qualidade, tendo até mesmo os estudos com melhor classificação falhado em controlar por completo o efeitoplacebo. É provável que ensaios com este tipo de falhas apresentem resultados de tratamento exagerados, não havendo evidências suficientes para concluir que o reiki seja eficaz como terapia em qualquer condição clínica, tanto complementar como isoladamente, ou que tenha qualquer benefício para além de prováveis efeitos placebo. Uma vez que é difícil conceber um placebo realista, torna-se também difícil realizar ensaios placebo-controlados, embora ensaios posteriores com controlo adequado do efeito placebo não tenham mostrado qualquer diferença entre a prática de reiki e o grupo de controlo.
Uma revisão feita em 2009 no 'The Journal of Alternative and Complementary Medicine concluiu que "as graves limitações da metodologia e da documentação nos estudos existentes sobre o reiki não permitem que haja qualquer conclusão sobre a sua eficácia."

Segurança e eficácia

A American Cancer Society constatou também que a investigação que envolve o reiki foi mal conduzida, declarando que "as evidências científicas disponíveis atualmente não sustentam as alegações que o reiki possa eventualmente ajudar na cura do câncer ou qualquer outra doença. Uma investigação mais aprofundada poderia ajudar a determinar até que ponto pode melhorar a sensação de bem-estar de um paciente, se é que provoca alguma." O National Center for Complementary ans Medicine fez eco desta posição, sublinhando que a existência de campos de energia em terapias de biocampos, como o reiki, "não foram provadas cientificamente."
As preocupações relativas à segurança no reiki são semelhantes às de qualquer outra terapia alternativa cuja eficácia não esteja provada. Alguns médicos e profissionais de saúde acreditam que haja pacientes em condições graves que podem recusar tratamentos clinicamente provados em favor de terapias alternativas não provadas. Os terapeutas de reiki devem encorajar os seus clientes a consultar um médico no caso de condições graves, declarando que o reiki deve ser apenas usado para complementar a medicina convencional. No entanto, os ensaios clínicos não documentaram nenhum efeito secundário significativo no uso de reiki.
William T. Jarvis, do The National Council Against Health Fraud, indica que "não há qualquer evidência que os efeitos clínicos do reiki se devam a qualquer outro factor para além da sugestão" ou do efeito placebo.

Preocupações da Igreja Católica

Em março de 2009, o Comité para a Doutrina da Conferência Episcopal Católica dos Estados Unidos emitiu um decreto (Orientações para a Avaliação do Reiki enquanto Terapia Alternativa), proibindo a prática do reiki por católicos. O Reiki era usado até então em alguns centros de retiro e hospitais católicos. A conclusão do decreto afirma que "uma vez que a terapia do reiki não é compatível quer com os ensinamentos católicos, quer com evidências científicas, seria inapropriado para as instituições católicas, como as unidades de saúde católicas, ou representantes da Igreja, como os capelões católicos, promover ou apoiar a terapia do reiki. No Brasil a prática também é condenada pela Igreja Católica.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Reiki
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